Posto no seu lugar, ao Presidente da República não restou alternativa. O primeiro-ministro foi incumbido de negociar a formação de um novo Governo. Ambos subestimaram Costa. Foi Costa himself (e não o Partido Socialista) que ambos subestimaram. Sucede que o secretário-geral do PS tomou a iniciativa de reunir com Jerónimo de Sousa e uma delegação do PCP, havendo neste momento grupos de trabalho a afinar detalhes. E só não reuniu com Catarina Martins porque o BE, enredado nas suas contradições, alegou não estar preparado para negociar uma alternativa de esquerda. Hoje é a vez de Costa reunir com Passos e Portas. Cavaco quer tudo a correr e, sobretudo, não quer chatices. Ou muito me engano ou vai ter de aguentar (sem poder mexer um dedo) o ritmo dos outros. A escolha foi dele.