quarta-feira, 2 de março de 2022

E VÃO SETE DIAS


Prevista para durar menos de 24 horas, a invasão russa vai no sétimo dia sem que o Governo de Zelensky tenha caído.

O intelligence russo já não é o que era? Quem convenceu Putin de que a operação ficaria resolvida em poucas horas?

Como é que alguém pôde pensar subjugar, de um dia para o outro, um país com mais de quarenta milhões de habitantes (sendo russos 17%), Governo eleito, forte tradição de resistência e apoio de todo o Ocidente?

O que pretende Moscovo fazer de um território maior do que a França depois de destruir todas as suas infraestruturas?

Por exemplo, a cidade de Kharkiv, a segunda maior do país, sob destruição metódica desde o início do conflito, é um importante centro cultural e científico, com treze universidades classificadas entre as melhores da Europa, indústria electrónica de ponta, etc. Comparada com Kharkiv, Lisboa é uma cidade de província.  

O que acontecerá se uma das centrais nucleares ucranianas — nem precisa de ser a de Zaporizhzhia, a maior da Europa — for alvo (intencional ou por dano colateral imprevisto) de um acidente idêntico ao de Chernobyl?

Imagem: fragmento do míssil que atingiu o SBU de Kharkiv, hoje. Clique.