Autor de uma obra parcimoniosa, balizada entre A Morte Percutiva (1961) e Existência (2017), Gastão Cruz nasceu em Faro e veio para Lisboa aos dezassete anos. Na Faculdade de Letras conheceu Fiama Hasse Pais Brandão, com quem viria a casar. Data desse tempo o seu interesse pelo teatro: integrou o Grupo de Teatro de Letras, tendo mais tarde dirigido o Grupo de Teatro Hoje/Teatro da Graça. Entre outras, adaptou ao teatro o romance Uma Abelha na Chuva de Carlos de Oliveira.
Foi professor do ensino secundário e, durante seis anos (1980-86), leitor de português no King’s College de Londres.
Tendo, durante três décadas, colaborado largamente na imprensa cultural, coligiu parte desses textos nos volumes A Poesia Portuguesa Hoje (1973) e A Vida da Poesia (2009). Coordenou colecções de poesia, organizou antologias, presidiu à Fundação Luís Miguel Nava, dirigiu a revista Relâmpago e recebeu todos os prémios que havia para receber. Em 2019 foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique.
Vítima de doença degenerativa, estava internado no hospital Egas Moniz, de Lisboa.
Até sempre, Gastão.