domingo, 15 de agosto de 2021

CESÁRIO


UM POEMA POR SEMANA — Para este domingo escolhi De Tarde de Cesário Verde (1855-1886), o mais destacado precursor da moderna poesia portuguesa.

Natural de Lisboa, Cesário Verde nasceu no seio de uma família de comerciantes abastados. Tinha dois anos quando uma epidemia de febre-amarela assolou Lisboa, obrigando a família a deslocar-se para Linda-a-Pastora, localidade onde Cesário passou a infância.

Aos 18 anos matriculou-se no Curso Superior de Letras, que abandonou ao fim de três meses. Data dessa época a sua amizade com Silva Pinto, o miglior fabbro. Aprendeu latim, francês e, para trabalhar numa loja do pai, rudimentos de contabilidade. Colaborou em revistas e jornais de Lisboa e de Azeitão. Vítima de tuberculose, morreu no Paço do Lumiar com 31 anos.

O poema desta semana pertence à sequência O Sentimento dum Ocidental, incluída no Livro de Cesário Verde (1887), edição póstuma organizada e publicada pelo amigo Silva Pinto, autor do prefácio. A imagem foi obtida a partir da edição que o Círculo de Leitores fez, em 1982, para a colecção Clássicos da Literatura Portuguesa.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha e Edith Arvelos.]

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