domingo, 4 de julho de 2021

JOSÉ GOMES FERREIRA


UM POEMA POR SEMANA — Para hoje escolhi Viver sempre também cansa de José Gomes Ferreira (1900-1985), publicado em 1931, no n.º 33 da revista Presença. Lutador antifascista, a obra oscila entre o neo-realismo e uma certa ideia de surrealismo. Reunida em três volumes, a sua obra poética completa leva o título de Poeta Militante.

Natural do Porto, veio para Lisboa aos 4 anos de idade. Após a formatura em Direito, foi cônsul de Portugal na cidade norueguesa de Kristiansund entre 1926 e 1930. Afastado pela ditadura de todos os cargos públicos, foi jornalista e, sob pseudónimo, tradutor de filmes.

Estreado em 1918 com Lírios do Monte, a obra canónica arranca de facto em 1948. Colaborou nas mais importantes publicações do seu tempo, tendo escrito, além de poesia, contos, ensaio, teatro, crónicas, memórias e um diário publicado em vários volumes.

Em democracia, foi o primeiro presidente da Associação Portuguesa de Escritores.

O poema desta semana integra Poesia I (1948). A imagem foi obtida a partir de Poemas Portugueses Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, organizada por Jorge Reis-Sá e Rui Lage, publicada pela Porto Editora em 2009.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura e Fernanda de Castro.]

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