domingo, 16 de maio de 2021

IRENE LISBOA


UM POEMA POR SEMANA — Para hoje escolhi Nova, Nova, Nova, Nova! de Irene Lisboa (1892-1958), poetisa que até 1942 assinou com o pseudónimo de João Falco.

Natural do Casal da Murzinheira, Arruda dos Vinhos, Irene Lisboa foi professora do ensino primário, pedagoga e, após estudos na Bélgica, em França e na Suíça, tornou-se especialista em Ciências da Educação. Mulher de Esquerda, o Estado Novo afastou-a do ensino e de todos os cargos públicos em 1940. Além de João Falco (em livro), Irene usou outros pseudónimos masculinos para colaborar na imprensa.

Além de poesia, escreveu novelas, contos infantis, ensaios, crónicas e três diários. Colaborou nas revistas mais importantes do seu tempo e fez conferências sobre pedagogia.

Entre outros, Régio, Nemésio, Sena, José Gomes Ferreira, Adolfo Casais Monteiro, José Rodrigues Miguéis e Óscar Lopes tinham-na em alta consideração. Foi Paula Morão quem, a partir de 1991, editou as suas obras completas, publicadas em vários volumes pela Editorial Presença.

O poema desta semana pertence a Outono Havias de Vir (1936). A imagem foi obtida a partir de Do Corpo: Outras Habitações, antologia de poesia identitária organizada por Ana Luísa Amaral e Marinela Freitas, publicada pela Assírio & Alvim em 2018.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira e Armando Silva Carvalho.]

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