Formou-se em História em Oxford, frequentou a Academia Militar de Sandhurst, pertenceu ao 9.º Regimento de Lanceiros da Rainha e, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou nos serviços secretos britânicos na Palestina e na Itália. No pós-guerra trabalhou como jornalista para o Times, de onde saiu por pressão do primeiro-ministro Anthony Eden (incomodado com os artigos sobre a Crise do Suez), e para o Guardian. Depois do conflito casou com Elizabeth Tuckniss, de quem teve cinco filhos, sendo um deles o poeta e músico Twm Morys. Embora divorciados por imposição legal, continuaram a viver juntos. Em 2008 legalizaram a união numa partnership.
A fama internacional chegou com Conundrum (1974), relato autobiográfico da experiência transexual. A bibliografia inclui cerca de sessenta títulos, entre História, ficção, ensaio e livros de viagem. A trilogia histórica Pax Britannica (1968-78, três volumes, o primeiro escrito na fase masculina), sobre o Império onde o sol nunca se punha, é porventura a sua obra mais importante. Mas foram os livros de viagem que lhe deram eco planetário. Morris integra desde 2008 a lista dos quinze escritores britânicos mais importantes dos últimos cem anos.
Em Portugal estão traduzidos cinco livros seus, entre os quais Conundrum, que entre nós tem dois títulos: Conundrum, o enigma na edição de 1975, e Enigma na edição que a Tinta da China fez em 2017.
Talvez esteja na altura de traduzir Pax Britannica (1968-78), The Spectacle of Empire: Style, Effect and the Pax Britannica (1982), e Battleship Yamato: Of War, Beauty and Irony (2018), bem como os diários My Mind’s Eye (2018) e Thinking Again (2020), publicado há poucos meses.
Jan Morris, galesa, republicana convicta, é doutorada honoris causa por várias universidades. Por imposição da escritora, existe um livro cuja publicação terá de observar um período de nojo.
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