A pretexto da birra de uma família de Famalicão que proibiu os filhos de frequentar a disciplina de Educação para a Cidadania — objecção de consciência, dizem —, várias personalidades da Direita (Cavaco Silva, Passos Coelho, Adriano Moreira, Ribeiro e Castro, David Justino, o cardeal Manuel Clemente, etc.), às quais se juntou o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, divulgaram o manifesto Em defesa das liberdades de educação.
Alega a família de Famalicão que compete aos pais, e não ao Estado, educar os filhos em matérias como comportamento cívico, Direitos Humanos, educação ambiental, educação rodoviária, educação para o desenvolvimento sustentável, saúde e sexualidade, igualdade de género, segurança e defesa nacional, voluntariado e outras.
Tendo faltado a todas as aulas da disciplina, os alunos chumbaram. O caso chegou a tribunal. E o Presidente da República recebeu em audiência (ontem) os professores Braga da Cruz e Mário Pinto, primeiros subscritores do referido manifesto.
Então e se agora todos achássemos que compete às famílias, e não ao Estado, ensinar física e matemática?