No âmbito da Operação Terapia, em curso, a PJ deteve até ao momento cinco pessoas, dois homens e três mulheres, alegadamente três médicos e dois enfermeiros.
Segundo o comunicado da polícia, as prisões «relacionam-se com a realização de ozonoterapias, que não são comparticipadas pelos subsistemas de saúde, sendo que também não existe qualquer convenção ou protocolo entre a ADSE e as ditas clínicas. Acresce que as mesmas são realizadas por profissionais que não estão devidamente habilitados [...] Existem indícios de que os suspeitos recorrem ainda a práticas pouco esclarecedoras, convencendo os utentes de que a ozonoterapia se mostra eficaz no tratamento do Covid-19 ou que permite ganhar imunidade, explorando a fragilidade e vulnerabilidade de pessoas receosas do vírus ou mesmo infectadas...»
A fraude é susceptível de enquadrar os crimes de corrupção activa e passiva, burla qualificada, falsificação de documentos e propagação de doença.
As buscas, que prosseguem, envolvem clínicas que realizavam testes ao Covid-19 «sem para tal estarem licenciadas ou reunirem as condições necessárias, designadamente de direcção clínica.»
Clique na imagem da RTP.