quarta-feira, 1 de maio de 2019

FLOP


Aparentemente, o golpe de Guaidó borregou. Mas a situação permanece ambígua. Maduro não falou ao país nem foi visto por jornalistas. Guaidó não conseguiu mobilizar o grosso das Forças Armadas, o que não espanta, num país em que os sectores-chave da economia (entre outros a exploração de petróleo e a distribuição de medicamentos) estão nas mãos dos generais de topo.

Por outro lado, não deixa de ser estranho que os apoiantes de Maduro, que devem representar um terço da população da Venezuela, não tenha aparecido nas ruas a fazer frente aos seus adversários.

Soube-se entretanto que, a conselho de Vladimir Padrino, ministro da Defesa, Mikael Moreno, presidente do Supremo Tribunal, e Rafael Hernández Dala, general da Guarda Nacional, Maduro teria concordado em deixar a Venezuela. O avião chegou a estar em prontidão, mas, alegadamente por pressão de Moscovo, a fuga não se realizou.

Ainda ontem, Leopoldo López, o líder da oposição, transferiu-se com a mulher e a filha da embaixada do Chile para a de Espanha.

Resumo: Maduro não falou, a maioria dos militares assobiou para o lado (a excepção terá sido o blindado que atropelou civis), López bateu com a porta, o povo chavista não saiu de casa, Guaidó ficou a falar sozinho.

A ver vamos como a situação evolui.

Na imagem, Guaidó e López. Clique.