Sobe de tom a polémica à volta do cartoon em que António põe Netanyahu em forma de cão com a estrela de David na coleira, a ser guiado por Trump, com trela, óculos de cego e quipá.
Originalmente publicado no Expresso, foi a sua reprodução na edição internacional do New York Times, no passado dia 25, a ilustrar a coluna de Tom Friedman, que deu azo ao sururu.
A Casa Branca condenou o cartoon. O mesmo fizeram diversas associações judaicas norte-americanas. No dia 28, o NYT pediu desculpas aos seus leitores e à comunidade judaica em particular, tendo retirado o cartoon.
Angela Buchdahl, Peter J. Rubinstein, Joshua M. Davidson e Elliot Cosgrove, rabinos de quatro sinagogas de Nova Iorque (Sinagoga Central, Sinanoga 92Y, Congregação Emanu-El e Sinagoga Park Avenue), publicaram no NYT um abaixo-assinado onde, entre outras coisas, afirmam que «a caricatura trafica descaradamente o antiquíssimo ódio antissemita que contribui para a violência contra os judeus...»
Bret Stephens, colunista do NYT, considera que o cartoon podia ter sido publicado pelo Der Stürmer, jornal de referência do regime nazi. «Nada justifica esta caricatura desprezível...», sublinhou.
Por seu turno, o Haaretz, influente jornal israelita, em artigo assinado por Zeev Engelmayer, defende o cartoon de António:
«The Star of David on Netanyahu’s collar is totally justified, and there’s a reasonable chance that if Netanyahu had to choose a symbol to wear around his neck, he’d pick this one. Netanyahu is leading Trump, his steps a little tense, but the leadership role is definitely flattering for the head of a small country.»
Por seu turno, o Haaretz, influente jornal israelita, em artigo assinado por Zeev Engelmayer, defende o cartoon de António:
«The Star of David on Netanyahu’s collar is totally justified, and there’s a reasonable chance that if Netanyahu had to choose a symbol to wear around his neck, he’d pick this one. Netanyahu is leading Trump, his steps a little tense, but the leadership role is definitely flattering for the head of a small country.»
No ponto 5 da sua retractação, em português e inglês, o Expresso esclarece:
«A membros da comunidade judaica e aqueles que se possam ter sentido ofendidos e face à polémica gerada, o Expresso esclarece que nunca foi intenção retratar Israel ou a religião judaica e o seus fiéis de forma menos digna.»
«A membros da comunidade judaica e aqueles que se possam ter sentido ofendidos e face à polémica gerada, o Expresso esclarece que nunca foi intenção retratar Israel ou a religião judaica e o seus fiéis de forma menos digna.»
A CNN e a Fox News não largam o caso.
Clique na imagem.