À medida que surgem novas revelações, aumenta o horror e a perplexidade sobre o massacre de Domingo de Páscoa no Sri Lanka. O número de mortos identificados subiu para 359, sendo estrangeiros 36 (um português). Um terço dos mortos eram crentes que estavam na Igreja de São Sebastião, em Negombo. Continuam internadas 532 pessoas, 29 das quais nos cuidados intensivos.
Sete das oito explosões foram efectuadas por bombistas suicidas (seis homens e uma mulher), e apenas uma por detonador à distância. Os sete bombistas suicidas pertenciam a famílias das altas classes médias do Sri Lanka, tendo alguns estudado em universidades do Reino Unido. Continuam a ser encontrados explosivos em vários locais de Colombo, incluindo o aeroporto internacional.
Até ao momento, foram presas 40 pessoas ligadas ao grupo extremista National Thowheeth Jama'ath.
Ranil Wickremesinghe, o primeiro-ministro, confirmou que os serviços secretos foram avisados com quinze dias de antecedência por homólogos seus estrangeiros, mas não fizeram circular a informação pelos canais apropriados. A Índia até fez dois avisos, um deles duas horas antes dos ataques.
Ruwan Wijewardene, o ministro da Defesa, alega que os ataques foram uma resposta à morte de muçulmanos em Christchurch, na Nova Zelândia.
Na imagem, detalhe da fachada da Igreja de Santo António, em Colombo.