terça-feira, 29 de janeiro de 2019

JAMAICA & MARCELO


Santana Lopes foi ontem ao Jamaica: Um susto. Eu, se morasse aqui, também me sentiria revoltado. A frase soa bem, mas não esquecer que Santana foi primeiro-ministro durante oito meses, entre 2004 e 2005, e o Bairro da Jamaica, em Setúbal, existe pelo menos desde 1989. Mas não é Santana que me interessa. Santana anda em campanha pelo seu partido.

O que me faz confusão é o aparente descaso do Presidente da República. Depois da visita ao Panamá, onde foi assistir a um concílio papal (visita que devia ter sido feita a título particular, nunca com carácter de Estado, na medida em que Portugal é uma República laica), o PR cumpre agenda à revelia dos acontecimentos do Jamaica.

O facto seria natural se a agenda (oficial, oficiosa e privada) do PR não fosse pautada pelo dom da ubiquidade. Sirva de exemplo o descarrilamento do eléctrico da Carris, ocorrido em Dezembro, no cruzamento da Rua de São Domingos à Lapa com a Rua Garcia de Orta, em Lisboa. Minutos após o acidente, Marcelo estava no local.

Estabelecido um padrão, é difícil escapar ao formato sem uma explicação razoável.

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