Isabel Pires de Lima, administradora da Fundação de Serralves, deu esta noite uma entrevista ao Expresso online. A antiga ministra da Cultura não podia ser mais clara: foi João Ribas quem pôs de lado 20 fotografias, reduzindo a exposição de 179 para 159 trabalhos. Discurso directo: Surpreende-nos que ele tenha excluído 20 obras. É bastante penalizador para a Fundação, que pagou 179. Também não aceita a alegação de censura porque, desde o início, ficou estabelecido criar uma zona interdita (as fotografias de cariz sexual explícito) a menores de 18 anos não acompanhados.
Como João Ribas ainda não se pronunciou, o que é estranho, ficamos só com um dos lados da história.
Importa lembrar que não é a primeira vez que obras de Mapplethorpe são expostas em Portugal. Em 1985, a Galeria Cómicos (Lisboa), de Luís Serpa, expôs Black Flowers, ainda o autor estava vivo. Em 1993, no Mês da Fotografia de Lisboa, e nos Encontros da Imagem, em Braga, mais obras foram expostas. Verdade que nenhuma destas exposições era uma grande retrospectiva, como a que neste momento está em Serralves.
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