sexta-feira, 24 de agosto de 2018

LUÍS AMARO 1923-2018


Vítima de pneumonia, morreu hoje de manhã o investigador e poeta Luís Amaro, o homem a quem, nos últimos 50 anos, toda a gente recorreu para obter ou certificar uma informação bibliográfica. O Luís sabia tudo.

Oriundo da Portugália, ingressou nos quadros da Fundação Calouste Gulbenkian em 1970. Durante os vinte anos em que trabalhou na revista Colóquio-Letras, o seu número de telefone era disputado no milieu. Colaborou nas mais importantes revistas literárias do século XX português, e publicou dois livros: Dádiva (1949) e Diário Íntimo (2006). Sobre a sua poesia escreveram, entre outros, Jorge de Sena, António Ramos Rosa, Vítor Silva Tavares e Gastão Cruz.

Homem avesso a holofotes, conheceu toda a gente que foi gente a partir de 1940, o que lhe permitia desatar o nó de controvérsias intrincadas. Se fosse inglês (era alentejano) teria publicado memórias explosivas. Tinha 95 anos. Até sempre, Luís.

Clique no belíssimo retrato feito por Luis Manuel Gaspar.