Vítima de insuficiência cardíaca congestiva, Philip Roth morreu esta madrugada num hospital de Manhattan. Um dos gigantes da literatura de língua inglesa, e universal, Roth deixa uma obra muito vasta, de que destacaria Goodbye Columbus (1959, contos), Quando Ela Era Boa (1966), O Complexo de Portnoy (1969), O Escritor Fantasma (1979), A Lição de Anatomia (1983), Os Factos. Autobiografia de um Romancista (1988), Engano (1990), Património (1991, memórias), Pastoral Americana (1997), Casei com um Comunista (1998), A Mancha Humana (2000), A Conspiração Contra a América (2004), O Fantasma Sai de Cena (2007), Indignação (2008), Némesis (2010). Mas sobra outro tanto. Tornou-se lendária a personagem de Nathan Zuckerman, alter-ego do autor, sulfuroso retratista da vida americana. Zuckerman é protagonista de nove romances publicados entre 1979 e 2007. Judeu iconoclasta, Roth recebeu todos os prémios que havia para receber: Pulitzer de ficção, National Book Critics Circle Award, duas vezes o National Book Award, três vezes o PEN Faulkner, Man Booker International Prize, Príncipe das Astúrias de Letras, e muitos outros. Além de escritor, foi crítico literário e professor de literatura comparada. Oito dos seus romances foram adaptados ao cinema. Casou duas vezes, uma delas com a actriz Claire Bloom.
Foto: Philip Montgomery, NYT. Clique.