Um colectivo de cem mulheres da intelligentsia francesa defende a liberdade de importunar, indispensável à liberdade sexual. No original: «Nous défendons une liberté d’importuner, indispensable à la liberté sexuelle.» E porquê? Porque... «Le viol est un crime. Mais la drague insistante ou maladroite n’est pas un délit, ni la galanterie une agression machiste.»
Movimentos como o MeToo, o BalanceTonPorc e o Time’s Up são caracterizados como «uma onda de purificação puritana» que, ao contrário de «ajudar as mulheres, serve os interesses dos inimigos da liberdade sexual, dos extremistas religiosos e dos piores reaccionários...»
Publicado no Monde, o manifesto é assinado por várias académicas, uma das quais a filósofa Peggy Sastre, mas também por figuras públicas como, entre outras, Catherine Deneuve, Catherine Millet (escritora), Ingrid Caven (actriz, cantora e viúva de Fassbinder), Joëlle Losfeld (editora), Brigitte Sy (cineasta), Gloria Friedmann (artista plástica), Stéphanie Blake (autora de livros infantis) e a jornalista Abnousse Shalmani. «Como mulheres, não nos reconhecemos neste feminismo...», dizem.
Por estas e por outras é que obras de Schiele e Balthus são alvo de ataques da opinião pública.
Na imagem, de cima para baixo e da esquerda para a direita, Catherine Deneuve, Catherine Millet, Joëlle Losfeld e Gloria Friedmann. Clique.