segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

CIRCUITO DO FILET MIGNON


No regresso a Lisboa, depois de uns dias no Douro, fui surpreendido com o caso Raríssimas, a Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras que tem Paula Brito Costa como presidenta. Não vi a reportagem da TVI e só hoje dei atenção ao assunto. Conclusão: caso de polícia. Fazer disto um escândalo nacional é coisa de país pequeno.

Percebo demasiado bem a tentativa de colagem ao PS, mas a manobra não colhe. Meter a deputada Sónia Fertuzinhos ao barulho por causa de uma viagem à Suécia, em Setembro de 2016, é um expediente de má-fé. Sónia Fertuzinhos participou na conferência “Workshop on Improving Integrated Care for People Living with Rare Diseases and Complex Conditions”, que teve lugar em Gotemburgo, tendo a Raríssimas pago em Portugal o transporte, despesa que foi reembolsada na íntegra pela organização sueca.

Claro que excita o povo ver a mulher do ministro Vieira da Silva envolvida nesta trapalhada. Paula Brito Costa, que alegadamente usou dinheiros públicos para comprar gambas e trapos, já foi suspensa de funções até ao apuramento dos factos? Isso é que interessa. Habituadas ao circuito do filet mignon, este tipo de criaturas julga-se impune.

Na imagem, da esquerda para a direita, Paula Brito Costa, a rainha de Espanha e Maria Cavaco Silva. Clique.