Chega-me de Toronto a notícia muito triste da morte, na noite de quinta-feira, dia 12, de Fernanda Leitão, jornalista, antiga proprietária e directora do Templário, um jornal de Direita que se publicou em Tomar e, no auge do PREC, vendia 60 mil exemplares por edição. Cansada de processos judiciais, nada menos que 150, por alegado abuso de liberdade de imprensa (alô Charlies), decidiu bater com a porta e radicar-se no Canadá em 1983. Enviava de Toronto as suas crónicas mensais, o que fez quase até ao fim da vida, execrando Passos Coelho e a política do governo PSD-CDS. Natural de Angola, de onde saiu ainda adolescente, fez-se jornalista, viajou, conheceu toda a gente que contava. Tinha 80 anos. Sim, era de Direita, mas eu não escolho os amigos pela ideologia. Até sempre, Fernanda.