Toda a gente percebeu que os vinhos portugueses deram um salto e tanto nos últimos dez anos, mas são bastante menos os que têm essa noção acerca do azeite. Daí a importância deste livro de Edgardo Pacheco sobre os cem (sim, 100) melhores azeites nacionais. Num texto claro, «E se falássemos a sério de azeite?», o autor explica porque escolheu estes e não outros. Azeites virtuosos, diz ele. Tal como o vinho tem os seus rituais, também o azeite os tem. Sabia que deve ser consumido sempre à temperatura de 28 graus? Eu também não.
Os cem estão divididos em dois grupos: o Top 10 e, a seguir, seriados por região, os outros 90. Cada um dos azeites escolhidos tem um texto introdutório e respectiva ficha técnica. Edgardo Pacheco lamenta que, ao contrário do que acontece com os vinhos, as lojas e os restaurantes não invistam (salvo raríssimas excepções) em pessoal especializado, capaz de orientar e aconselhar o consumidor mais exigente. Um exemplo: quantos de nós sabem escolher um azeite para temperar sobremesas, gelados incluídos? E distinguir um que não pode ser cozinhado? Em suma, um guia como deve ser. A fechar, ocupando cinquenta páginas, há 25 receitas de 25 chefs, sendo duas mulheres. O Avillez não entra.
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