quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

SIC TRANSIT GLORIA MUNDI


Quando morreu, em Novembro de 2006, Mário Cesariny foi metido num gavetão anónimo do Cemitério dos Prazeres. Em vida, tinha manifestado vontade de ficar num jazigo. Dinheiro vivo não faltava. Cesariny, poeta e pintor (Grande Prémio EDP em 2002), tinha depositados, à data da sua morte, mais de um milhão de euros. Para ser exacto: 1.038.290,54 euros. Tendo o dinheiro sido deixado em testamento à Casa Pia, Catalina Pestana, então provedora, adquiriu um jazigo, que o escultor Manuel Rosa se prontificou a reabilitar. Rosa, que foi amigo e editor de Cesariny na Assírio & Alvim, e herdou os direitos da obra literária, é seu testamenteiro. Fez o projecto, que foi aprovado, mas a reabilitação nunca se fez porque a actual direcção da Casa Pia não está disponível para pagar 28 mil euros. Portanto, no ano do décimo aniversário da sua morte, Cesariny permanece num gavetão anónimo. Mais pormenores no Observador, que conta a história toda.