Roland Barthes (1915-1980) foi um dos nomes que marcaram a minha geração. À boleia do estruturalismo, que chegou a Portugal, caduco, nos anos 1960, foram traduzidos vários livros seus. O último em data foi Incidents, diário póstumo das deambulações do homossexual discreto que foi até ao fim. É provável que Mythologies (1957) não seja a sua obra mais importante, mas gostava de a ver reeditada. A edição que a imagem mostra é de 1973, já com a breve introdução que Barthes escreveu em 1970. Foi traduzida por José Augusto Seabra, poeta e diplomata. Fazendo a crítica ideológica da linguagem da cultura de massas, as Mitologias vão de Racine ao bifteck com a mesma desenvoltura. Imprescindível.