terça-feira, 4 de agosto de 2015

AUGÚRIO

Desde o início do ajustamento, no Verão de 2011, que sustento a tese de que metade do país passa, ou parece passar, imune à devastação do desemprego, da estagnação da economia, do arbítrio fiscal, dos efeitos da emigração dos mais jovens, do ataque cerrado a pensionistas, da supressão de apoios sociais, do corte generalizado de salários (em especial na Função Pública e, dentro desta, em classes profissionais como médicos, enfermeiros e professores), do afrontoso retrocesso dos direitos laborais, da crise do euro, etc. Muito pouca gente concorda comigo. Eu insisto, não por teimosia, mas pelo que vejo à minha volta. Hoje mesmo, duas notícias corroboram o meu juízo: duplicou o investimento privado em PPR e, no mês passado, o número de automóveis novos vendidos dá uma média diária de 553. A partir daqui, é fácil adivinhar o que nos espera em Outubro. Oxalá me engane.