Surpreendeu-me que o terço inicial do discurso do PR tenha incidido nas consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, nessa «manhã de 24 de Fevereiro em que o mundo mudou [...] Uma manifestação de força sem legitimidade jurídica, nem política, que teve condenação internacional.»
Foi bom que o tivesse feito, mas apanhou-me (como provavelmente a muita gente) de surpresa. Arriscaria dizer que andou ali mão de um dos novos ministros, e não é preciso trabalhar na West Wing para saber que é assim que estas coisas se fazem.
Muito bom, e certeiro, o discurso do primeiro-ministro, também ele focando (no momento próprio) a guerra na Europa.
Novidade mesmo foi a afirmação de António Costa de que «a proposta do Orçamento do Estado já está finalizada...» Sabia-se que o programa do Governo é aprovado amanhã em Conselho de Ministros, para ser discutido na AR nos próximos dias 7 e 8 de Abril, mas termos o OE 2022 finalizado é uma revelação inesperada (mais do que a mudança de ministro das Finanças, a guerra terá alterado a versão chumbada em Outubro do ano passado). São boas notícias.
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