Com um ano de antecedência, começaram esta manhã as comemorações do centenário do nascimento de José Saramago, nascido a 16 de Novembro de 1922. Hoje faria apenas 99 anos.
Percebo que a efeméride seja assinalada com pompa e circunstância: colóquios internacionais, conferências, reedições especiais, encontros com leitores, debates, etc. Trata-se, afinal, do único Nobel da literatura portuguesa. Mas, a ter de durar um ano, ou mesmo mais, não teria sido lógico começar em Novembro de 2022?
Tudo isto se passa no país que celebrou de forma quase clandestina os centenários de Fernando Namora (2019), Jorge de Sena (2019), Carlos de Oliveira (2021), Maria Judite de Carvalho (2021) e outros, preparando-se para fazer o mesmo, daqui a dias, com Natália Nunes (2021). Escapou Sophia (2019), mas Sophia foi apropriada pelo Regime.