domingo, 12 de setembro de 2021

CARLOS DE OLIVEIRA


UM POEMA POR SEMANA — Para este domingo escolhi Leitura de Carlos de Oliveira (1921-1981), poeta maior, cuja Obra transcende as balizas do neo-realismo a que o seu nome é por regra associado.

Natural de Belém do Pará, no Brasil, veio para Portugal em 1923, radicando-se na região da Gândara, onde seu pai exerceu medicina.

Estreado em livro em 1937, só considerará como parte da bibliografia a obra publicada a partir de 1942, ou seja, a partir de Turismo. Unanimemente considerado o poeta mais importante do neo-realismo português, distingue-se também como romancista. Na ficção, a obra mais conhecida é Uma Abelha na Chuva (1953). Nunca tendo exercido qualquer profissão, colaborou na imprensa cultural de Lisboa, do Porto e de Lourenço Marques. Viveu em Lisboa entre 1948 e 1981, ano da sua morte. O seu espólio encontra-se depositado no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira. No passado 10 de Agosto passaram cem anos sobre o seu nascimento.

O poema desta semana pertence a Pastoral (1977), o derradeiro ciclo de Oliveira. A imagem foi obtida a partir de Trabalho Poético, volume da obra poética completa [Assírio & Alvim, 2003] na qual o autor refunde e reescreve toda a poesia publicada, acrescentando-lhe Pastoral.

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha, Edith Arvelos, Cesário Verde, António José Forte, Francisco Bugalho e Leonor de Almeida.]

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