terça-feira, 9 de março de 2021

MARCELO II


Teve hoje início o segundo mandato de Marcelo. Como em 2016, o Presidente da República desceu a pé a Calçada da Estrela, entrando no Parlamento à hora protocolar. As restrições da pandemia acentuaram a sempre deficiente coreografia das cerimónias oficiais portuguesas.

No hemiciclo estariam as 76 pessoas previstas: cinquenta deputados, seis membros do Governo e vinte convidados.

Coisas que me chamaram a atenção:

— Muito bom o discurso de Ferro Rodrigues. Gostei especialmente da referência às obrigações da Assembleia da República no tocante ao novo aeroporto de Lisboa. Cito de cor: «Ao fim de 52 anos de discussão, chegou o tempo de decidir.» Ora bem.

Com Cavaco sentado na tribuna VIP, o Presidente da Assembleia da República não deixou escapar a oportunidade de devolver a mordaça ao homem de Boliqueime.

— Muito bem construído o discurso de Marcelo: «Teremos de reconstruir a vida das pessoas. É mais do que regressar a 2019. Só haverá verdadeira reconstrução se a pobreza diminuir. Reconstruir sem corrigir as desigualdades é reconstruir menos para todos porque sobretudo para alguns privilegiados

Sobre o combate à pandemia, foi claro: «É parcialmente injusta a recriminação feita a tudo o que não se antecipou.» 

O Presidente da República fez ainda o elogio da governação ulterior a 2015, com ênfase na gestão das contas públicas e consequente prestígio externo, devolução de rendimentos às famílias e distensão social. 

— No Salão Nobre, na habitual sessão de cumprimentos, convidados e deputados fizeram vénia como se estivessem perante Isabel II.

— Cavaco abandonou a AR sem cumprimentar Marcelo.

— Fui eu que não vi, ou Rui Rio não esteve presente na Assembleia da República?

Clique na imagem.