terça-feira, 7 de julho de 2020

TURISMO & COVID-19

Dizem os media que, anteontem, centenas de estudantes holandeses levaram o caos a Albufeira, tendo a GNR sido obrigada a mandar encerrar os estabelecimentos da Rua da Oura.

Por “estabelecimentos” entendam-se os bares que, devido à pandemia, alteraram a sua actividade para snack-bar, desse modo torneando a proibição de abertura e funcionamento.

Hoje já são mais de dois mil os meninos e as meninas em férias.

Parece que a Câmara de Albufeira quer regras definidas para a abertura dos bares de forma a facilitar a dispersão de clientes. Dispersão? Então se forem 20 grupos de 100 pessoas dispersas por 20 bares já não há problema?

Em contexto de pandemia faz-me confusão que sejam autorizadas viagens de grupos desta dimensão, mas nem é esse o ponto que me encanita.

A questão coloca-se em saber se queremos turistas ou não queremos turistas. Se queremos, não podemos exigir o famoso “distanciamento social”, seja lá o que isso for. Se não queremos, devemos encerrar o espaço aéreo e as fronteiras marítimas e terrestres. Afinal, o que são duzentos mil desempregados na hotelaria e actividades conexas?

É impossível comer o bolo e ficar com o bolo.