A revolução que Medina anunciou ontem para a Baixa de Lisboa, uma vasta área que vai do Terreiro do Paço ao Marquês de Pombal, abrangendo todo o Chiado, o Príncipe Real, a Avenida Liberdade, os Restauradores, o Rossio, o Martim Moniz, etc., está programada para Julho próximo.
Grosso modo, consiste em menos faixas de rodagem, passeios mais largos, circulação restrita a transportes públicos e carros 100% eléctricos (excluem-se os híbridos), interdição total de autocarros turísticos, aumento de ciclovias, estacionamento reservado a moradores.
Por junto, entre a Avenida da Liberdade, os Restauradores, o Rossio, o Martim Moniz e o Chiado, desaparecem 600 lugares de estacionamento à superfície, ficando o estacionamento subterrâneo dos Restauradores para uso exclusivo de residentes e assinantes de avença. Tudo isto controlado por pórticos de reconhecimento de matrículas.
A discussão pública decorre até à primeira quinzena de Março.
Nada contra. Mas olho para uma das imagens divulgadas, a da Rua Garrett, e não posso deixar de me surpreender com os canteiros. Mesmo não fazendo barreira horizontal como faziam os que Abecasis mandou construir na Rua do Carmo (impedindo parte do trabalho dos bombeiros no Grande Incêndio de 1988), parecem-me supérfluos.
Haja bom senso na discussão pública.
Clique na imagem da Rua Garrett a devir.