O Governo aumentou o salário mínimo em 5,83% e fez muito bem. O diploma foi promulgado no próprio dia em que chegou a Belém, foi publicado, e entra em vigor no próximo 1 de Janeiro. Beneficiará cerca de 800 mil trabalhadores em todo o país.
Mas ontem foi dado outro passo: o Governo apresentou em sede de Concertação Social uma proposta global de aumentos salariais, para todos os trabalhadores do privado, tendo como ponto de arranque (e não de chegada), i.e., mínimo, os 2,7%.
Para os trabalhadores do Estado está previsto um aumento inferior a 0,8%. Eu sei que os trabalhadores do Estado são também os médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, professores, militares, polícias, juízes e outros magistrados, diplomatas, investigadores, etc., mas a disparidade parece-me gritante.
Mas daqui até à aprovação do OE alguma água correrá sob as pontes.