As redes sociais espelham a realidade: uma pessoa escreve branco, mas, lá onde escrevemos branco, quase todos lêem preto. Acontece a todo o momento.
Pelos vistos, acontece o mesmo a deputados em funções. Muitos de nós ouviram Carlos César, Rui Rio (o único que não é deputado), José Soeiro, Diana Ferreira e Assunção Cristas, dizerem que as novas regras das reformas antecipadas não constam do OE 2019. Ontem tive mais que fazer, mas hoje fui consultar a Proposta de Lei 385/2018, de 13 de Outubro, ou seja, a proposta do Orçamento do Estado para 2019.
Na imagem vê-se a página 87, onde aparece o artigo 90.º que regula o tema. O articulado é claro. Os excelentíssimos deputados não sabem ler?
A peixeirada do CDS, a indignação do PCP, a perplexidade do BE e a surpresa do PSD, fazem parte do jogo político. A reacção da bancada parlamentar do PS suscita interrogações.
Em consequência do sururu no PS, Vieira da Silva, o ministro, esclareceu ontem à noite: «Haverá um processo de transição em que os direitos dessas pessoas se manterão durante o tempo necessário.» Dito de outro modo, o articulado vai ser alterado. Muito bonito. Isto não podia ter sido feito antes?
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