O Governo britânico prepara-se para perdoar cerca de setenta mil homens e mulheres que foram julgados e condenados por homossexualidade antes de 1967 (na Inglaterra e no País de Gales), antes de 1980 (na Escócia) e antes de 1982 (na Irlanda do Norte). Perdão póstumo para a maioria, uma vez que apenas dezasseis mil culpados permanecem vivos. Mais valia estarem quietos. O ‘perdão’ cauciona a culpa, o crime. Bem fez George Montague que declarou publicamente não aceitar o indulto: «Aceitar um perdão é admitir que foi culpado. Eu não fui culpado de nada. Só fui culpado de estar no lugar errado no momento errado.»
Os anónimos são menos que Alan Turing, a cujos herdeiros o Governo de Sua Majestade apresentou um pedido formal de desculpas? Ao menos o Governo alemão indemnizou (em Maio de 2015) os seus cidadãos condenados por homossexualidade.