quinta-feira, 8 de setembro de 2016

PHILIP K. DICK


Hoje na Sábado escrevo sobre O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick (1928-1982). Para muita gente, Dick é o homem por trás de Blade Runner, o filme que Ridley Scott fez a partir do romance Do Androids Dream of Electric Sheep?, uma das suas obras mais conhecidas. Desde 1962, quando publicou O Homem do Castelo Alto, Dick era tido como um dos gurus da ficção distópica. Narrado a partir do ponto de vista de Mr. Childan, proprietário de uma loja de bricabraque em São Francisco, o plot é perturbador: vencedores da Segunda Grande Guerra após a derrota da URSS e rendição dos aliados ocidentais, a Alemanha e o Japão dividem entre si os Estados Unidos da América. Hitler foi afastado por causa da sífilis e Bormann é o novo chanceler do Reich. Goebbels sobreviveu. Sob desconfiança mútua, a costa do Atlântico é administrada pelos alemães e a do Pacífico pelos japoneses. Espécie de linha de fronteira, subsiste no centro uma zona neutra. Dick torce a História para escrever um romance. Faz parte do protocolo. Azar: o tradutor confunde o New Deal (Roosevelt) com o Plano Marshall. Três estrelas.