A partir do próximo ano lectivo, o ministério da Educação não vai autorizar novos contratos de associação para turmas em início de ciclo (5.º, 7.º e 10.º anos escolares) em áreas onde já existem escolas públicas. Ler com atenção: turmas em início de ciclo. Dito de outro modo: quem começou, acaba.
A este propósito (as novas regras que vão pautar os contratos de associação entre o Estado e os estabelecimentos de ensino privado), Passos Coelho afirmou ter dúvidas sobre se Tiago Brandão Rodrigues seria mesmo ministro da Educação. A tese não é original: Helena Matos tem repetido que o ministro ‘de facto’ é o patrão da Fenprof. Mas Helena Matos é comentadora, não é deputada nem líder do maior partido da Oposição. Pode dizer o que lhe vier à cabeça que é para isso que lhe pagam. Passos Coelho está obrigado a outra compostura.
Ontem mesmo, o Governo exigiu explicações ao líder do PSD. Tudo isto é deplorável. A mim sempre fez muita confusão o Estado financiar o ensino privado. Mais: como contribuinte, sinto-me directamente lesado.