Toda a gente se lembra: Passos Coelho não queria em Belém «um catavento mediático com opiniões erráticas». Isto não foi dito numa feira de enchidos. Consta da moção apresentada ao último Congresso do PSD. Com fair play, Marcelo assumiu publicamente que tinha registado o recado. Era o tempo em que o PSD sonhava com Rui Rio para sucessor de Cavaco. Mas Marcelo avançou e o PSD não teve outro remédio senão recomendar o voto no irrequieto professor. Sobre o tema, a entrevista que Passos Coelho dá hoje ao Público é um exercício de malabarismo digno do Portas mais irrevogável.