Hoje na Sábado escrevo sobre As Mulheres que Fizeram Roma, de Carla Hilário Quevedo. Apoiada em sólida bibliografia, a autora faz o retrato de catorze mulheres que moldaram Roma. Como refere o subtítulo, trata-se de “14 histórias de poder e violência”, cobrindo um extenso arco cronológico: de 753 a.C. (o mito de Reia Sílvia, mãe de Rómulo e Remo) ao ano 450, quando morre a imperatriz Gala Placídia. Entre ambas, seguimos o percurso de Lucrécia, Cornélia, Clódia Metela, Cleópatra VII, Lívia Drusa, Valéria Messalina, Júlia Agripina, Domícia Longina, Víbia Sabina, Faustina (a Jovem), Júlia Domna e Helena de Constantinopla. Mulheres, portanto, no lugar que a História tem reservado a imperadores, senadores, generais e poetas. A linguagem é clara, a informação bem sustentada e a narrativa sedutora. O volume inclui retratos das catorze protagonistas, bem como esclarecedoras notas de fim de texto que ajudam a situar o leitor menos versado. Três estrelas.