sábado, 4 de setembro de 2021

LEITURA


No seu blogue Acrítico, Antonio Ganhão faz a resenha do mais recente dos meus livros. Deixo aqui os últimos parágrafos:

«[...] Depois, temos esta escrita de Eduardo Pitta, limpa, sem metáforas, em linguagem direta. No início do conto Ema entra no autocarro, nada nos é dito sobre essa decisão. Mas o esgar do motorista e o espanto do revisor contam-nos toda uma história. Algo de grave se passou que não nos é dado a conhecer diretamente, cabe ao entendimento do leitor transcender a própria palavra escrita, uma elipse poderosa, avassaladora e o leitor treme de espectativa. Ao terceiro parágrafo já se rendeu e espera o pior, mas não consegue parar de ler. É assim em todos os contos, a elipse como uma segunda voz, um novo tipo de narrador a que não estamos habituados, pelo menos com este nível de mestria.

Todos nós somos senhores das nossas decisões ou de parte da nossa vida, mas o destino está nas circunstâncias de cada um, nos preconceitos, no que escondemos, no que a sociedade nos impõe, e sobreviver pode não ser uma opção. Devastação, impensável não ler este livro

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