sábado, 11 de julho de 2020

LEITURA DE SÁBADO


Mexer em estantes de duas filas tem sempre como consequência a descoberta de livros julgados desaparecidos. Este Lorca-Dalí. El amor que no pudo ser (1999) foi-me grato reencontro. São cerca de 380 páginas e dezenas de fotografias.

O autor, Ian Gibson, nasceu (1939) na Irlanda, tendo sido professor de Literatura espanhola em Belfast e Londres. Em 1978 radicou-se definitivamente em Espanha, obtendo a nacionalidade espanhola em 1984. Biógrafo, entre outros, de Lorca e Buñuel, Gibson é considerado o maior especialista de história da Literatura de Espanha do século XX. Vive em Granada.

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

PRESIDENCIAIS 2021


A sondagem da Aximage hoje divulgada pelo Económico coloca na calha Marcelo Rebelo de Sousa (65%), Ana Gomes (13%), André Ventura (7%), Marisa Matias (4%), Adolfo Mesquita Nunes (2%) e Jerónimo de Sousa (1%).

É uma sondagem bizarra, porque, dos seis, apenas Marcelo e Ventura confirmaram a intenção de concorrer.

Ana Gomes continua na corda bamba, porque a única certeza seria uma derrota estrondosa. Marisa Matias é uma possibilidade, mas a candidatura do BE mantém-se em aberto. Adolfo Mesquita Nunes terá dito que não estava interessado. E o Comité Central do PCP nada decidiu até ao momento, sendo improvável a opção Jerónimo. Vale o que vale.

Continuo a achar que o PS devia ter candidato próprio, credível, mas percebo a dificuldade.

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quinta-feira, 9 de julho de 2020

O SUCESSOR DE CENTENO


Paschal Donohoe, 45 anos, liberal conservador, ministro das Finanças da Irlanda, é o sucessor de Centeno na presidência do Eurogrupo.

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quarta-feira, 8 de julho de 2020

ACABOU


Realizou-se hoje a 10.ª e última reunião do Infarmed dedicada à pandemia. Foi o Presidente da República quem anunciou em directo o seu fim.

Tiraram o pretexto aos deputados da Oposição que as aproveitavam para fazer campanha contra o Governo, dando eco ao que tinham ouvido lá dentro, quase sempre por intermédio de interpretações pessoais nem sempre correctas e por vezes abusivas.

Hoje mesmo, alguns manifestaram desapontamento com o fim dessas reuniões que juntavam o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, a ministra e a directora-geral da Saúde, outros ministros, autoridades sanitárias, epidemiologistas e pneumologistas, médicos de saúde pública e um deputado por cada partido.

É um ciclo que se fecha. Não era sem tempo.

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terça-feira, 7 de julho de 2020

TURISMO & COVID-19

Dizem os media que, anteontem, centenas de estudantes holandeses levaram o caos a Albufeira, tendo a GNR sido obrigada a mandar encerrar os estabelecimentos da Rua da Oura.

Por “estabelecimentos” entendam-se os bares que, devido à pandemia, alteraram a sua actividade para snack-bar, desse modo torneando a proibição de abertura e funcionamento.

Hoje já são mais de dois mil os meninos e as meninas em férias.

Parece que a Câmara de Albufeira quer regras definidas para a abertura dos bares de forma a facilitar a dispersão de clientes. Dispersão? Então se forem 20 grupos de 100 pessoas dispersas por 20 bares já não há problema?

Em contexto de pandemia faz-me confusão que sejam autorizadas viagens de grupos desta dimensão, mas nem é esse o ponto que me encanita.

A questão coloca-se em saber se queremos turistas ou não queremos turistas. Se queremos, não podemos exigir o famoso “distanciamento social”, seja lá o que isso for. Se não queremos, devemos encerrar o espaço aéreo e as fronteiras marítimas e terrestres. Afinal, o que são duzentos mil desempregados na hotelaria e actividades conexas?

É impossível comer o bolo e ficar com o bolo.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

NONSENSE


Fotos como esta, obtida anteontem numa rua de Londres, correm mundo. A reabertura de bares, restaurantes, cinemas, etc., teve como consequência ajuntamentos assim, sobretudo numa área boémia como é o Soho. Até aqui, nada de novo. Vêem-se dois patuscos de máscara (se não estão a beber deviam ter ficado em casa, ou ido passear para os jardins da periferia), mas o resto das pessoas comporta-se como é de regra.

Quando oiço, e já ouvi várias vezes, os locutores de televisão execrarem a falta de distanciamento social no desconfinamento de Londres, fico com vontade de lhes perguntar que raio de distanciamento social querem que se mantenha num bar. Ou na cama, já agora. Nem toda a gente é obrigada a conhecer o tamanho standard de um pub inglês, nem o hábito de beber na rua, mas um mínimo de bom senso exigiria recato no tremendismo.

Por alguma razão, em Portugal, bares e discotecas permanecem de portas fechadas.

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ENNIO MORRICONE 1928-2020


Morreu hoje o compositor italiano Ennio Morricone, o mais importante compositor de cinema de todos os tempos.

Autor de uma centena de peças clássicas, Morricone notabilizou-se no vasto mundo pela música que compôs para cinema, em especial para filmes de Sergio Leone. Quem não se lembra da extraordinária trilha sonora de Il buono, il brutto, il cattivo (1966), o terceiro filme da Trilogia do Dólar? Os mais jovens, que não têm idade para ter visto o filme, podem e devem ouvir a música numa das muitas versões disponíveis. A minha preferida é a da Danish National Symphony Orchestra.

Além de Leone, Morricone compôs também para filmes de Duccio Tessari, Giuseppe Tornatore, John Carpenter, Mike Nichols, Oliver Stone, Terrence Malick, Brian De Palma, Barry Levinson, Roland Joffé, Quentin Tarantino e outros.

Recebeu dois Óscares, onze David di Donatello, seis Bafta, quatro Grammy e dezenas de outros prémios e distinções pelos mais de 500 filmes que musicou. De bandas rock & heavy metal a orquestras sinfónicas, passando por Joan Baez, toda a gente que conta reinterpretou obras suas.

Uma queda com fractura do fémur levou ao internamento de Morricone numa clínica de Roma, onde morreu. Tinha 91 anos.

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