sexta-feira, 30 de junho de 2017

CASAMENTO GAY NA ALEMANHA

Por 393 votos a favor, 226 contra e quatro abstenções, o Bundestag aprovou hoje o casamento entre pessoas do mesmo sexo, bem como a adopção plena. Os deputados conservadores tiveram liberdade de voto. Merkel declarou à imprensa que a lei reforçará a coesão social e a paz (a chanceler votou contra). A Alemanha tinha desde 2001 uma lei de união civil para gays, mas com restrições aos direitos consagrados no casamento.

terça-feira, 27 de junho de 2017

PRETO NO BRANCO

Ao fim de três anos, o Tribunal Criminal de Lisboa arquivou o processo movido contra Inês Pedrosa, por alegado abuso de poder enquanto directora da Casa Fernando Pessoa, cargo que abandonou em Abril de 2014.

Segundo o juiz, «Não assiste razão ao Ministério Público porque os elementos de prova não permitem assacar responsabilidade criminal dos arguidos e a matéria de facto vertida na acusação não se revela suficiente para caracterizar o tipo de que os arguidos vêm acusados. [...] A conduta da arguida Inês Pedrosa, descrita na acusação, não preenche factualmente o tipo de crime que lhe está imputado. [...] Por tudo isto se entende que, com maior probabilidade os arguidos seriam absolvidos, razão pelo qual este tribunal decide não os pronunciar

Como os media publicitam as acusações mas, quase sempre, ignoram as absolvições, aqui fica o registo.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

MEDINA, OF COURSE!


Quando forem 6 da tarde, Fernando Medina formaliza a sua recandidatura à Câmara de Lisboa. Vai ser no Palácio Galveias, ali ao Campo Pequeno.

SUICÍDIOS, DIZ ELE

E você? Já se suicidou? Ou nem ao menos tentou?

domingo, 25 de junho de 2017

MOÇAMBIQUE: 42 ANOS


Moçambique completa hoje 42 anos como país independente. Deixo aqui um excerto das minhas memórias desse dia.

Moçambique tornou-se independente no dia 25 de Junho de 1975. Na véspera não fui trabalhar. Era terça-feira mas deve ter havido tolerância de ponto. A época fria tinha começado e o tempo mantinha-se luminoso. Em Moçambique, o Inverno é seco. As chuvas chegam em Janeiro e Fevereiro, quando a temperatura sobe. O jantar foi servido à hora do costume. Para surpresa de minha mãe, não acompanhei o Jorge à cerimónia que teve início no Estádio da Machava ao minuto zero do dia 25. Estavam lá muitos filhos da burguesia dourada, gente que não tinha sujado as mãos na guerra, preferindo viver anestesiada em Oslo ou Estocolmo. Alguns ficaram. A maioria regressou no primeiro avião ao borralho escandinavo. Deitei-me cedo e lembro-me de acordar de madrugada com o estampido das balas de jubilação. A Frelimo tinha acabado de instaurar o regime de partido único. Naquele momento, alguns amigos que tinham celebrado a queda de Saigão como o advento de um mundo novo, gozavam as amenidades de Cape Town como lídimos herdeiros de Cecil Rhodes. Eu lia Alan Watts e queria acreditar num futuro que nunca chegou.

Um Rapaz a Arder, Lisboa: Quetzal, 2013, p. 19