Morreu ontem à noite o crítico e ensaísta João Bigotte Chorão, membro da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Luso-Brasileiro de Filosofia, e antigo director (1997-2003) do Círculo Eça de Queiroz.
Bigotte Chorão foi um dos grandes especialistas de Camilo Castelo Branco. Da sua vasta obra destacaria O Discípulo Nocturno (1965), Camilo, a Obra e o Homem (1979), O Escritor na Cidade (1986), O Reino Dividido (1999), Galeria de Retratos (2000), Diário Quase Completo (2001), obra que recebeu o Grande Prémio da Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, Além da Literatura (2014) e Diário 2000-2015 (2018).
Na Editorial Verbo, de que foi director, coordenou e editou várias enciclopédias, tais como, entre outras, a BIBLOS, dedicada às literaturas de língua portuguesa, ou a luso-brasileira LOGOS, de filosofia.
Personalidade discreta da vida cultural portuguesa, Bigotte Chorão é pai do crítico e poeta Pedro Mexia.