Este gráfico é eloquente. Sobre o fundo da questão: eram 04:30 da madrugada quando os líderes da UE acordaram estabelecer, fora de território europeu, centros de acolhimento de imigrantes. A ideia é facilitar a triagem: os imigrantes à procura de trabalho são devolvidos à origem, os refugiados políticos que comprovarem essa condição (e só esses) podem candidatar-se a visto de entrada na UE. A monitorização dos centros seria feita pelo ACNUR.
Cereja em cima do bolo: os países da UE ficam obrigados a tomar «todas as medidas internas necessárias para impedir o movimento de migrantes...» Dito de outro modo, a filosofia do Espaço Schengen não se aplicará, doravante, a imigrantes.
Os países terceiros com que a UE conta são os países do Magreb. Mas a Argélia, Marrocos e a Tunísia já fizeram saber que recusam. A Albânia, país europeu, também não quer. E a Itália vai deixar de subvencionar a Turquia, que até aqui tem sido generosamente financiada pela UE para acolher imigrantes em campos de onde não podem sair.
Deste modo, o Grupo de Visegrado (Eslováquia, Hungria, Polónia e República Checa), opositor firme das migrações, vê as suas teses caucionadas à outrance.
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