Não gosto de classificações ex aequo, sejam prémios ou listas dos melhores do ano. O ex aequo é uma forma de escapismo, de não deixar de fora ninguém que, pelas mais variadas razões, não “pode” ficar de fora. Outra coisa que me intriga: como se alinham os livros, ou filmes, músicas, peças de teatro, bailados, exposições de artes plásticas, etc., metidos no saco sem fundo do ex aequo? Por ordem alfabética do título? Por ordem alfabética do autor? Por ordem cronológica de publicação ou exibição? Por data de nascimento do autor? Arbitrariamente? O arbítrio é da responsabilidade do publicista-mor ou do lobby dominante? Já não gostava no tempo dos livros ou filmes ao par, agora em quarteto ou aos molhos de meia-dúzia não se pode levar a sério.