domingo, 27 de março de 2022

AFONSO DUARTE


UM POEMA POR SEMANA — Para este domingo escolhi Calai de Afonso Duarte (1884-1958), um dos poetas mais esquecidos do século XX português.

Natural de Ereira (Coimbra), Afonso Duarte estreou-se em 1912 com Cancioneiro das Pedras, mas seria só a partir de 1929, com Os 7 Poemas Líricos — volume publicado pela Presença — que o seu nome obteria ressonância nacional.

Tinha formação em ciências físico-naturais mas era etnógrafo por opção. Professor do ensino básico, adversário da Ditadura Nacional (1928-33), foi aposentado compulsivamente do ensino em 1932. Viveu grande parte da vida com paralisia nos membros inferiores. 

Colaborou nas principais revistas literárias do seu tempo, interessou-se por arte popular, escreveu e publicou obras sobre pedagogia e etnografia. 

A primeira edição da sua Obra Poética (1956) completa foi organizada por Carlos de Oliveira e João José Cochofel. 

O poema desta semana pertence a Ossadas (1947). A imagem foi obtida a partir da edição de 2003 (Cotovia) de A Poesia da Presença, antologia organizada por Adolfo Casais Monteiro, que a publicou no Brasil em 1959. 

[Antes deste, foram publicados poemas de Rui Knopfli, Luiza Neto Jorge, Mário Cesariny, Natália Correia, Jorge de Sena, Glória de Sant’Anna, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Herberto Helder, Florbela Espanca, António Gedeão, Fiama Hasse Pais Brandão, Reinaldo Ferreira, Judith Teixeira, Armando Silva Carvalho, Irene Lisboa, António Botto, Ana Hatherly, Alberto de Lacerda, Merícia de Lemos, Vasco Graça Moura, Fernanda de Castro, José Gomes Ferreira, Natércia Freire, Gomes Leal, Salette Tavares, Camilo Pessanha, Edith Arvelos, Cesário Verde, António José Forte, Francisco Bugalho, Leonor de Almeida, Carlos de Oliveira, Fernando Assis Pacheco, José Blanc de Portugal, Luís Miguel Nava, António Maria Lisboa, Eugénio de Andrade, José Carlos Ary dos Santos, António Manuel Couto Viana, Ruy Cinatti, Al Berto, Alexandre O’Neill, Vitorino Nemésio, David Mourão-Ferreira, Miguel Torga, Ângelo de Lima, Pedro Tamen, António Ramos Rosa, José Régio, Antero de Quental, Pedro Homem de Mello e Teixeira de Pascoaes.]

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