sábado, 27 de julho de 2019

À FARTAZANA

As conclusões da sindicância feita pelo Ministério da Saúde à Ordem dos Enfermeiros é um susto, parecendo haver razões para dissolver a sua direcção. O ministério entregou um relatório à Polícia Judiciária, estando a ultimar o documento final que será entregue ao Ministério Público.

A bastonária, Ana Rita Cavaco, terá tido parte activa nas greves — a Lei não permite — que paralisaram os blocos operatórios em todo o país, mas isso são amendoins.

Segundo o Observador, a sindicância da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde terá encontrado «os documentos que provam a apropriação ilegal de quantias durante a investigação sobre a participação da bastonária Ana Rita Cavaco na greve dos enfermeiros e configuram os gastos como violação de normas e regras inerentes à realização da despesa

As despesas sem justificação ultrapassam a imaginação mais delirante. Entre outros dados, o relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, ontem divulgado pela SIC no Jornal da Noite, refere «seis mil euros em restaurantes, mais de três mil euros em levantamentos, cerca de cinco mil em compras no estrangeiro, cerca de oito mil em Via Verde, setenta mil euros em cartão de crédito, deslocações em viatura própria com despesa média de 2.600 euros mensais... [...]» Mas também gastos exorbitantes com vestuário e cabeleireiros.

A classe dos enfermeiros revê-se nisto?