sexta-feira, 3 de maio de 2019

A VIDA COMO ELA É


Portanto, em princípio, temos Governo para mais 12 dias.

Numa comunicação incisiva, o primeiro-ministro primou pela clareza: se, no próximo dia 15, a Assembleia da República aprovar um diploma que confirme as decisões ontem tomadas na Comissão de Educação e Ciência pela coligação negativa formada por PSD+BE+CDS+PCP, o Governo demite-se.

Discurso directo: «A aprovação desta lei condiciona de forma inadmissível a governação futura em termos que só o eleitorado tem legitimidade para aprovar. Será uma ruptura irreparável com a consolidação das contas públicas e compromete a credibilidade de Portugal. E forçará o Governo a apresentar a sua demissão

Muito bem. Nem outra coisa seria de esperar.

Podia tê-lo feito ontem, mas o respeito pelo protocolo institucional adia o acto para o dia da votação em plenário.

Até lá, os partidos têm tempo de explicar aos seus militantes onde vão buscar o dinheiro, como vão proceder com os restantes corpos especiais da Administração Pública (magistrados, médicos, enfermeiros, diplomatas, militares, polícias e outros), bem como com os funcionários públicos do regime geral, o que farão se o Tribunal Constitucional vetar com base na violação do princípio da equidade, ou se, afinal, tudo não passou de um equívoco.

A ver vamos. Eleições a 21 ou 28 de Julho seriam perfeitas.

Na imagem, António Costa a falar ao país, hoje. Clique.