domingo, 2 de setembro de 2018

MUDANÇA DA HORA

Segundo a Pordata, a população da UE corresponde a 512 milhões de pessoas. Daqui a seis meses, com a saída do Reino Unido, seremos 460 milhões. Não obstante, a Comissão Europeia deu por bom um inquérito em que alegadamente participaram 4,6 milhões de cidadãos dos Estados-membros.

Não sei o que aconteceu nos outros países. Em Portugal praticamente não se ouviu falar do inquérito à mudança da hora. Não vi publicidade institucional na televisão ou na imprensa (estou a falar de publicidade, não confundir com artigos de opinião), não dei por nenhum debate no Parlamento, não recebi nenhum sms sobre o assunto (como recebo para a provável ocorrência de fogos ou a vacinação contra a gripe), o Partido Ecologista Os Verdes não deu um pio, o Governo não se pronunciou, e até o Presidente da República, que emite opinião sobre tudo, fez silêncio sobre o tema. Anteontem, o Observatório Astronómico de Lisboa deu um parecer favorável à continuação da mudança da hora. Dito de outro modo, o inquérito europeu foi, entre nós, um interdito.

Por aquilo que leio nas redes sociais, a maior parte dos portugueses que “participaram” fê-lo de forma errada. Estava em pauta saber se a «mudança» da hora era para manter. Mais nada. Bruxelas quer acabar com a mudança e promoveu este circo. Mas muita gente achou que se tratava de escolher a hora preferida. Nonsense.

Vamos cumprir o que Bruxelas decidir. O circo era escusado.