quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

PIERRE BOULEZ 1925-2016


Morreu Pierre Boulez, maestro e compositor, figura maior da música contemporânea, director de orquestra em Baden-Baden, Berlim, Viena, Nova Iorque, Chicago, Cleveland, Londres (BBC), etc. A doença já não lhe permitiu dirigir a Filarmónica de Paris. O óbito ocorreu ontem à noite.

A imagem é do Libération. Clique.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

EM QUE FICAMOS?

Pode ser que sim, pode ser que não. Rumores de sinal contrário dão conta de que Cavaco não promulgará a Lei que permite a adopção plena, o apadrinhamento civil e demais relações jurídicas familiares por casais do mesmo sexo, aprovada no Parlamento no passado 18 de Dezembro, com os votos do PS, BE, PCP, PEV, PAN e dezassete deputados do PSD. A ver vamos.

Para já, uma certeza. Dois candidatos presidenciais comprometeram-se ontem publicamente, na SICN, a promulgar a Lei. Marcelo Rebelo de Sousa e Marisa Matias foram claros. Marcelo disse: «O que interessa na adopção é a protecção da criança. Não interessa que seja um adoptante, dois adoptantes, um casal do mesmo sexo ou de sexo diferente, isso é irrelevante.» Marisa corroborou, afirmando: «Não há famílias de primeira, segunda ou terceira.» Convinha saber o que pensam os outros candidatos.

domingo, 3 de janeiro de 2016

GROTESCO

Para não ir mais longe que os últimos dez anos. Em 2006, o Tribunal Constitucional rejeitou sete candidaturas presidenciais. Sete. Em 2011 rejeitou três. Este ano não rejeitou nenhuma. Ontem, no Público, Pacheco Pereira interroga-se sobre se «o Tribunal Constitucional verificou as assinaturas de todas as candidaturas que lhe foram apresentadas, algumas das quais parecem ter conseguido sem “aparelho” o milagre de obter 7500 assinaturas validadas...» É uma dúvida legítima. Não esquecer que três candidatos (sendo o senhor de Rans o mais notável dos três) apresentaram as assinaturas a poucas horas do fim do prazo.

As televisões, em nome do politicamente correcto, começaram anteontem a dar espaço às dez candidaturas. Um disparate que me dispenso de comentar. Não vi nem tenciono ver nenhum debate ou entrevista, mas ontem foi impossível escapar ao episódio... “Candidato abandona debate em directo”, porque todos os canais repetiram o sketch até à exaustão, com o propósito de enfatizar a magnanimidade de Marcelo, disponível para debater quando o outro quisesse.

Sobre o grau zero das prioridades informativas, estamos conversados. Sobre a criatura, ficámos esclarecidos: teve de ler um papel para dizer... “Não concordo com o modelo dos debates, vou-me embora” (as palavras são minhas). Tudo isto é deplorável.

Pelo andar da carruagem, não seria de admirar que a abstenção fosse superior a 60%.