terça-feira, 23 de junho de 2015

VERÃO ATENIENSE

Embora haja ainda «muito trabalho para fazer», como enfatiza Dijsselbloem, e a Alemanha tenha deixado claro que só liberta o dinheiro depois de ver as propostas de Tsipras aprovadas no Parlamento grego, onde cada vez mais deputados do Syriza se distanciam do modus operandi do primeiro-ministro, a Cimeira de líderes europeus terá olhado com benevolência para o novo caderno de encargos. Ou seja: aumento da idade de reforma para 67 anos; fim imediato das pré-reformas; extinção dos suplementos às reformas mais baixas; aumento das contribuições dos pensionistas para terem acesso à Saúde (5%); aumento da TSU (3,9%) para os patrões; aumento do IVA por intermédio da passagem de diversos produtos da taxa mínima para a máxima; aumento do IRC de 26% para 29%; corte de 200 milhões de euros na Defesa; introdução de um imposto de 12% nos lucros das empresas com lucros iguais ou superiores a meio milhão de euros; introdução de um imposto sobre iates privados; aumento do excedente orçamental primário no PIB. Enfim, nada que os portugueses não conheçam. Nada que Samaras não pudesse subscrever.